Daniel Pipes e Christopher C. Hull, The Washington Times, 20 de Fevereiro de 2017
Como não responder ao terrorismo: Cúpula na Casa Branca para Combater o Extremismo Violento, estrelando Barack Obama. |
A meta da comissão, destacou ele, «será a de identificar e explicar ao povo americano o cerne das convicções e crenças do Islão radical, para que possam identificar os sinais de alerta da radicalização e para expor as redes na nossa sociedade que dão suporte à radicalização». A comissão «irá incluir as vozes reformistas da comunidade muçulmana», com o objectivo de «desenvolver os novos protocolos para os agentes da polícia local, investigadores federais e agentes da imigração».
Donald Trump discursando em 15 de Agosto de 2016 sobre a necessidade da formação de uma comissão para deliberar sobre o Islão radical. |
Para aproveitar ao máximo esta oportunidade histórica, o Middle East Forum elaborou um programa abrangente para a Comissão da Casa Branca sobre o Islão radical e como a administração deverá proceder. A seguir apresentamos um resumo da nossa apreciação da maneira da comissão trabalhar e impactar:
Estrutura. Para que haja resultados positivos, todos os integrantes da equipa deverão ser escolhidos pelo presidente. Muitas comissões consistiam de pessoas com ideologias e agendas contrastantes que martelavam relatórios autoconflitantes, desagradando à administração e depois acabaram por ser excluidos. Além disso é necessário aprender com as disputas da Comissão Tower, que carecia de poderes suficientes, além do precedente da Comissão Three Mile Island, que na realidade tinha poderes, a comissão precisa desfrutar do poder de intimar a apresentação de documentos, condução coercitiva e concessão de imunidade.
Outra maneira equívoca de responder ao terrorismo: Ronald Reagan e o relatório da Comissão Tower |
Instrução. A comissão deverá estender-se no compromisso de Trump de explicar o cerne das convicções dos islamistas (ou seja, a aplicação plena e rigorosa da Sharia), expor as suas ramificações e desenvolver novos protocolos para a aplicação da lei. Além disso, deverá examinar a fonte dos recursos dos islamistas e como interrompê-la, descobrir como impedir que usem a Internet, apresentar mudanças nas práticas de imigração e avaliar como o politicamente correcto impede uma avaliação honesta do Islão radical.
Implementação. Para que o trabalho da comissão seja relevante, deverá estar concatenada com as agências federais para acumular dados e elaborar recomendações, redigir ordens e legislação executivas, fornecer documentos de suporte, preparar solicitações de propostas, esboçar memorandos para os governos estaduais e locais, recomendar pessoal e delinear orçamentos. Para encerrar, a comissão deve estar cônscia de que as suas recomendações poderão ser usadas como prova em processos penais, como já aconteceu diversas vezes no passado (por exemplo, nas comissões Warren, Rogers e Tower).
O objectivo geral da Comissão da Casa Branca sobre o Islão radical deve ser o de unir o povo americano em torno de um entendimento comum sobre a natureza do inimigo, como o inimigo pode ser derrotado e pormenores para que este objectivo possa ser alcançado.
Quem sabe se isto irá iniciar o processo, demasiadamente atrasado, de vencer uma guerra que já se estendeu demais. Os Estados Unidos possuem todas as vantagens económicas e militares, faltam-lhes somente uma política e uma estratégia, que a nova administração, contando com uma comissão de primeira linha, poderá finalmente executar.
Daniel Pipes (DanielPipes.org, @DanielPipes) é o presidente do Middle East Forum.
Christopher C. Hull (IssueManagement.net, @ChristopherHull) é o presidente do Issue Management, Inc.
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