sexta-feira, 3 de março de 2017

O futuro demográfico muçulmano na Alemanha


Fora com os idosos, bem-vindos os jovens...

Soeren Kern, Gatestone, 2 de Março de 2017

Original em inglês: Germany's Muslim Demographic Future
  • Os críticos da política de imigração de portas abertas na Alemanha estão a alertar que o recente salto da população muçulmana na Alemanha – que já ultrapassou pela primeira vez a casa dos seis milhões de pessoas em 2016 – mudou para sempre a cara do país.
  • O preço para inverter o declínio demográfico na Alemanha parece ser islamizar ainda mais o país, sob o pretexto do multiculturalismo.
  • Com uma taxa de fertilidade de 1,6 nascimento por mulher, bem abaixo da taxa de substituição populacional de 2,1, a Alemanha irá necessitar de um influxo permanente de 300 000 migrantes por ano a fim de manter estável o nível da população actual até ao ano 2060, segundo o documento.
  • «Estamos a importar o extremismo islâmico, o anti-semitismo árabe, conflitos nacionais e étnicos de outros povos, bem como um entendimento diferente de sociedade e lei. As agências de segurança alemãs não têm condições de lidar com estes problemas de segurança importados e as consequentes reacções da população alemã» − documento tirado da inteligência alemã.
  • Há mais de uma década, o historiador Bernard Lewis alertou que se as propensões migratórias actuais continuarem, a Europa será islâmica até ao final do século XXI. As elites políticas na Alemanha estão na vanguarda de tornar essa previsão uma realidade.
A Alemanha terá que absorver anualmente 300 000 migrantes nos próximos 40 anos para conter o declínio populacional, de acordo com um parecer tirado do governo.

Os excertos do documento que foram publicados pelo Rheinische Post em 1 de Fevereiro, revelam que o governo alemão conta com a migração contínua de um grande contingente de pessoas — aparentemente de África, Ásia e Médio Oriente — para manter a dimensão da actual população alemã (82,8 milhões) estável até 2060.

O documento indica que a decisão da chanceler Angela Merkel de permitir a entrada no país de cerca de 1,5 milhões de migrantes, na sua maioria muçulmanos, entre 2015 e 2016 não foi primordialmente um gesto humanitário mas sim uma iniciativa calculada para evitar o declínio demográfico da Alemanha e preservar a viabilidade do futuro e do bem estar social do Estado alemão.

Se a maioria dos novos migrantes que chegarem à Alemanha nas próximas quatro décadas forem do mundo islâmico, a população muçulmana da Alemanha poderá saltar para bem mais de 20 milhões e representar mais de 25% da população alemã em 2060.

Os críticos da política de imigração de portas abertas na Alemanha estão a alertar que o recente salto da população muçulmana na Alemanha – que já ultrapassou, pela primeira vez, os seis milhões de pessoas em 2016 – mudou para sempre a cara do país.

A migração em massa está a impulsionar apressadamente a ascensão do Islão na Alemanha, conforme evidenciado pela proliferação de zonas proibidastribunais da Shariapoligamiacasamentos de crianças e violência em nome da honra. A migração em massa também é responsável pelo caos social, incluindo ataques jihadistas, a epidemia de estupros cometidos por migrantes, a crise na saúde pública, o aumento da criminalidade e a corrida de cidadãos alemães para comprarem armas para defesa pessoal – e até mesmo abandonaarem para sempre a Alemanha.

O governo não disse como pretende integrar outros milhões de muçulmanos em potencial na sociedade alemã. O preço para inverter o declínio demográfico na Alemanha parece ser islamizar ainda mais a Alemanha, sob o pretexto do multiculturalismo.

Segundo o documento que foi elaborado pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis), o Governo havia previsto anteriormente que a população da Alemanha cairia do patamar de 82 milhões para 73 milhões até ao ano de 2060 – ou até mesmo para 67,6 milhões na pior das hipóteses. Esta estimativa já está a ser revista, no entanto, com base num novo recálculo das previsões em relação à imigração, taxas de natalidade e expectativa de vida.

Devido à migração líquida positiva (mais pessoas a entrar no país do que saindo), a população alemã aumentou em 1,14 milhões de habitantes em 2015 e mais 750 000 em 2016, para atingir o recorde histórico de 82,8 milhões no final de 2016, segundo estimativas preliminares do Destatis.

Com uma taxa de fertilidade de 1,6 nascimento por mulher, bem abaixo da taxa de substituição populacional de 2,1, a Alemanha irá necessitar de um influxo permanente de 300 000 migrantes por ano a fim de manter estável o nível da população actual até o ano 2060, segundo o documento.

O documento torna saliente a necessidade de integrar rapidamente os migrantes no mercado de trabalho, de modo que possam começar a contribuir para o sistema de bem estar social. «Com base em experiências passadas, isto não será nada fácil e levará bem mais tempo do que o esperado inicialmente», admite o documento. «O sucesso será visível somente a médio e a longo prazo».

Uma pesquisa recente realizada pelo Frankfurter Allgemeine Zeitung constatou que as 30 maiores empresas alemãs empregam apenas 54 refugiados, incluindo 50 que foram contratados como entregadores do provedor de logística Deutsche Post. Os executivos da empresa dizem que o principal problema é que os migrantes não possuem qualificações profissionais e conhecimento da língua alemã.

De acordo com o Departamento Federal do Trabalho, o nível educacional dos migrantes recém-chegados na Alemanha é bem mais baixo do que o esperado: apenas um quarto tem diploma do ensino médio, ao passo que três quartos não têm nenhuma formação profissional. Somente 4% dos recém-chegados à Alemanha são altamente qualificados.

Por agora a grande maioria dos migrantes que entraram na Alemanha em 2015 e 2016 estão sob a tutela do estado alemão. Os contribuintes alemães pagaram aproximadamente US$ 23,4 bilhões de ajuda aos refugiados e candidatos a asilo em 2016 e irão pagar um montante mais ou menos igual em 2017.

Um documento do Ministério da Fazenda revelou que a crise migratória pode custar aos contribuintes alemães US$ 101 bilhões até 2020. Cerca de US$ 27,73 bilhões seriam gastos em programas sociais como seguro de desemprego e apoio à habitação. Cerca de US$ 6,15 bilhões seriam destinados a cursos de línguas e US$ 4,96 bilhões para a integração dos refugiados no mercado de trabalho.

A migração em massa também aumentou a procura pela habitação, pressionando para cima os custos de arrendamento para os alemães comuns. Cerca de 350 000 novos apartamentos são necessários por ano para levar em conta a procura, mas apenas 245 000 apartamentos foram construídos em 2014 e 248 000 em 2015, segundo o Rheinische Post.

Enquanto isto, os migrantes cometeram 208 344 crimes em 2015, segundo um relatório da polícia. Este número representa um salto de 80% em relação a 2014, o que significa cerca de 570 crimes cometidos por migrantes por dia, ou seja: 23 crimes a cada hora, entre Janeiro e Dezembro de 2015.

Um documento tirado da inteligência alemã alertou que a migração em massa do mundo muçulmano terá como consequência o aumento da instabilidade política no país. O documento alertou que «será impossível integrar centenas de milhares de imigrantes ilegais dados os enormes contingentes envolvidos e as sociedades paralelas muçulmanas já existentes na Alemanha». O documento acrescenta:

«Estamos a importar o extremismo islâmico, o anti-semitismo árabe, conflitos nacionais e étnicos de outros povos, bem como um entendimento diferente de sociedade e lei. As agências de segurança alemãs não têm condições de lidar com estes problemas de segurança importados e as consequentes reacções da população alemã».

Em entrevista concedida ao jornal Die Welt, um funcionário superior de segurança, que não se quis identificar, especificou:

«A entrada em massa de pessoas dos mais diferentes cantos do planeta levará o nosso país à instabilidade. Ao permitir esta migração em massa estamos a gerar extremistas. A sociedade inserida no contexto da maioria da população está-se a radicalizar pelo facto de não querer a migração, que está a ser imposta pelas elites políticas. No futuro muitos alemães irão afastar-se do estado de direito».

Um recente levantamento do YouGov constatou que 68% dos alemães acreditam que a segurança no país se deteriorou devido à migração em massa. Cerca de 70% dos entrevistados responderam que temem pelas suas vidas e pelos seus bens nas estações de comboios e metro na Alemanha e que 63% se sentem inseguros em grandes eventos públicos.

Uma pesquisa de opinião realizada pela INSA constatou que 60% dos alemães acreditam que não há lugar para o Islão na Alemanha. Quase metade (46%) dos entrevistados disseram estar receosos relativamente à «islamização» na Alemanha.

No entanto, se a eleição alemã fosse realizada hoje, Angela Merkel conquistaria facilmente mais um mandato de quatro anos como chanceler. Uma pesquisa de opinião realizada pela INSA encomendada pelo Bild em 2 de Fevereiro constatou que o Partido de Merkel, União Democrata-Cristã (CDU) agora no poder, venceria com 33% dos votos contra 27% para o Partido Social-Democrata de centro-esquerda (SPD) e 9% para o partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AFD).

Cálculo da população muçulmana da Alemanha

A Alemanha já compete com a França pela maior população muçulmana da Europa ocidental.

O aumento da população muçulmana na Alemanha está a ser alimentado pela migração em massa. Estima-se que 300 000 migrantes chegaram à Alemanha em 2016, isto fora mais de um milhão que chegou em 2015. Pelo menos 80% (800 000 em 2015 e 240 000 em 2016) dos recém-chegados eram muçulmanos, de acordo com o Comité Central de Muçulmanos da Alemanha.

Além dos recém-chegados, a taxa de crescimento da população muçulmana que já reside na Alemanha é de aproximadamente 1,6% ao ano (77 000), de acordo com dados extrapolados de um estudo realizado pelo Pew Research Center sobre o crescimento da população muçulmana na Europa.

Com base nas projecções do Pew, que foram proferidas antes da actual crise migratória, a população muçulmana na Alemanha chegaria a um número estimado de 5 145 milhões de pessoas até o final de 2015.

Adicionando os 800 000 migrantes muçulmanos que chegaram à Alemanha em 2015 aos 240 000 que chegaram em 2016, somados ao aumento natural de 77 000, a população muçulmana na Alemanha saltou 1 117 000, atingindo segundo estimativas 6 262 000 até o final de 2016. Isto equivale a aproximadamente 7,6% da população total da Alemanha de 82,8 milhões.

A população muçulmana na Alemanha poderá atingir 20 milhões já em 2020 segundo o presidente da Associação das Municipalidades Bávaras (Bayerische Gemeindetag), Uwe Brandl. A sua previsão baseia-se nas assim chamadas reunificações familiares – pessoas cujos pedidos de asilo serão aprovados irão subsequentemente trazer em média de quatro a oito membros da família para a Alemanha.

Há mais de uma década o historiador Bernard Lewis alertou que, se as propensões migratórias actuais continuarem, a Europa será islâmica até ao final do século XXI. As elites políticas da Alemanha estão na vanguarda de tornar esta previsão uma realidade.


Tradução: Joseph Skilnik





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