quarta-feira, 21 de março de 2018

Desmascarada mais uma aldrabice de Bergoglio e comparsas




Nuno Serras Pereira (18.03.2018)

MAIS UMA NOVIDADE SOBRE A CARTA DE BENTO XVI

Confirmou-se ontem que a carta pessoal de Bento XVI foi enviada expressamente, por escrito, como sendo de natureza reservada. O Vaticano, quem o representou, ao não respeitar essa vontade explícita do seu autor, cometeu um grave abuso. Mais sórdido ainda foi não só a omissão de um parágrafo, a que já me referi, em N.B. no texto anterior, mas de um outro, ainda mais importante, como ontem se soube. A astúcia ignóbil, para não dizer diabólica, que pretendia persuadir a Igreja e o mundo que Bento XVI dava o seu «imprimatur», o seu assentimento, às interpretações imundas dos círculos considerados próximos de Francisco foi desmascarada saindo-lhes o tiro pela culatra.

Este segundo parágrafo é claríssimo:

«Marginalmente quereria indicar a minha surpresa pelo facto de que entre os autores esteja também o professor Hunermann, que durante o meu pontificado se distinguiu por ter encabeçado iniciativas anti-papais. Participou de modo relevante no lançamento da «Kölner Erklärimg», que, em relação à encíclica «Veritatis splendor», atacou de modo violento a autoridade magistral (de magistério) do Papa especialmente sobre questões de teologia moral. Também a «Europäische Theologengesellschaft», que ele fundou, inicialmente por ele pensada como uma organização em oposição ao magistério papal. Posteriormente, o sentir eclesial (sentir com a Igreja) de muitos teólogos estorvou esta orientação transformando (tornando) aquela organização numa ocasião que proporcionava um encontro normal de teólogos. Estou certo de que compreenderá a minha recusa (negação). Saúdo-o cordialmente ... Bento XVI». (tradução e negritos meus).[1]

Não admira, pois, que Riccardo Cascioli tenha concluído:«Ma a parte il fatto che bisognerebbe capire cosa si debba intendere per «continuità interiore» (così è scritto nella lettera del papa emerito) visto che difficilmente una continuità nel Magistero si può definire così, la questione è sui contenuti. Come si può sostenere la continuità quando a spiegare Francesco si chiamano teologi che attribuiscono al pontificato attuale il valore di una nuova Chiesa, che parlano di «nuovi paradigmi» e «svolte antropologiche» attaccando o svilendo gli insegnamenti di Giovanni Paolo II e Benedetto XVI? E la questione non riguarda solo i «volumetti» dell’«operazione Benedetto XVI». È in atto da tempo una sistematica operazione di smantellamento del Magistero dei papi precedenti, dalla liturgia alla morale, dai sacramenti alla Dottrina sociale. Salvo poi cercare di «usare» forzatamente i precedenti pontefici per legittimare le svolte attuali. L’«affare Viganò», con tutta la sua goffaggine, è soltanto la punta dell’iceberg[2]

Tudo isto me leva a crer que a interpretação, da carta de Papa Bento XVI, que fiz no texto anterior estará correcta.


[1] Ver original e traduções: http://magister.blogautore.espresso.repubblica.it/
http://www.vaticannews.va/it/papa/news/2018-03/lettera-integrale-papa-emerito-benedetto-xvi-a-mons--vigano.html

[2] In http://www.lanuovabq.it/it/scandalo-vigano-mancano-due-lettere