sábado, 10 de novembro de 2018

QUANDO NÃO HÁ HONESTIDADE INTELECTUAL SOBRE O AMBIENTE... — QUEM FAZ UM CESTO FAZ UM CENTO...

A Quercus é uma daquelas organizações ao serviço das teses de Soros e Al Gore sobre as causas do aquecimento global para conduzirem as nações a aceitarem o governo mundial. Utiliza os argumentos pseudo-científicos da cartilha globalista, num misto de fanatismo cienticista e desonestidade intelectual. E quem faz um cesto faz um cento.

LINK:
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2018-11-07-Quercus-investigada-por-gestao-danosa





quinta-feira, 8 de novembro de 2018

É assim que se deve ouvir música segundo a OMS



Mariana Botelho, Lifestyle, 6 de Novembro de 2018

Evite os (muito comuns) danos auditivos.
Se a música é boa, quanto mais alto melhor. Mais: quando se está com os auscultadores, a música deve ser ouvida bem alto de forma a abafar qualquer som externo. Certo?

Errado, obviamente, mas esta não deixa de ser a prática mais comummente praticada.

Não só a intensidade com que se ouve mas também a duração e frequência podem estar na origem de graves problemas que surgem em cada vez maior número, também, pelo crescente uso de aparelhos tecnológicos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, actualmente existem milhões de jovens entre os 12 e os 35 anos de idade com alguns problemas auditivos. Destes, metade dos problemas deve-se ao mau uso de aparelhos de música ou exagerada exposição ao som, por exemplo, pela grande frequência em bares e/ou discotecas.

Em relação a este último caso, é comum sofrer-se de uma temporária perda de audição, ainda que não total. Quando se expõe com frequência os ouvidos a tal agressão, os resultados podem passar de temporários a permanentes e irreversíveis.

Para evitar tais danos, além de uma permanência mais controlada em espaços com música e barulhos demasiado altos, deve-se ter em conta o tempo e intensidade com que se ouve música nos auscultadores que, recomenda a OMS, não deve ultrapassar os 60% de intensidade máxima do aparelho.

Muitos são os smartphones ou mesmo aparelhos de música que ajudam nesta limitação ao passar a barra do volume de verde para o amarelo e posteriormente para o vermelho para indicar que o som está demasiado alto.

Para os que não possuem tais indicadores, a referida organização aponta uma métrica que ajuda a organizar os sons conforme a sua intensidade:
  • Entre 10 e 30 decibéis: Som baixo, como quando se fala numa biblioteca;
  • Entre 30 e 50 decibéis: Som moderado, como numa conversa normal;
  • Entre os 50 e os 75 decibéis: Ruído considerável, como um aspirador;
  • Entre os 75 e os 120 decibéis: Som demasiado alto, como um martelo pneumático.
É a partir dos 100 decibéis que o risco mais se aponta. Habitualmente, os auriculares permitem um volume máximo de entre 75 e 136 decibéis, o que é demasiado alto. Evite ao máximo chegar a tanto.

De notar que não é só no caso dos auscultadores que o ouvido é exposto a tais decibéis elevados, também em casa nos podemos expor a sons bastante elevados, por exemplo, com uma batedeira. No entanto, em situações normais tal não irá resultar em danos auditivos, que apenas acontecem aquando de uma exposição mais prolongada e frequente.





domingo, 4 de novembro de 2018

Língua portuguesa violentada



«Não é preciso ficares sorridenta!»

À Senhora D. Pilar del Rio não valeu de nada estar casada tantos anos com José Saramago. No fundo, o que mais irrita, são certos «estrangeiros» virem dar ordens no modo como se fala e escreve PORTUGUÊS. Já não chegavam os próprios degenerados nativos da Língua tentarem impor (aos parvos subservientes) uma nova ortografia, sem pés nem cabeça!...

Que desgraça a nossa!!!

Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual.

A jornalista (?) Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra «presidenta». Daí que ela diga, insistentemente, que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Ex-Presidenta da Assembleia da República. Ainda esta semana, escutei Helena Roseta dizer: «Presidenta!», reagindo ao comentário de um jornalista da SIC Notícias, muito segura da sua afirmação.

A propósito desta questão, recebi o texto que se segue, o qual reencaminho. Uma belíssima Aula de Português. Foi elaborado para acabar, de uma vez por todas, com todas e quaisquer dúvidas sobre a questão supracitada.

Existe a palavra: PRESIDENTA? Que tal colocarmos um «BASTA» no assunto? No português existem os particípios activos como derivativos verbais.

Por exemplo: o particípio activo do verbo «atacar» é «atacante», o de «pedir» é «pedinte», o de «cantar» é «cantante», o de «existir» é «existente», o de «mendigar» é «mendicante», etc. Qual é o particípio activo do verbo «ser»? O particípio activo do verbo ser é «ente»; aquele que é: o ente; aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos «-ante», «-ente» ou «-inte». Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não «presidenta», independentemente do sexo.

Diz-se: capela ardente, e não capela «ardenta»; estudante, e não «estudanta»; adolescente, e não «adolescenta»; paciente, e não «pacienta».

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

«A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.

Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, de entre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta».

Por favor, por amor à língua portuguesa, repasse esta informação!





sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O dia seguinte ao Brexit




Miguel Matos Chaves

A SITUAÇÃO E UMA ESPECULAÇÃO FINAL!

Caros Amigos e Leitores,

Nos últimos dias tenho assistido a declarações de políticos dirigentes da U.E., que denotam, mais uma vez, um quadro de mediocridade assustador.

Assustador porque são eles que têm por missão governar alguns países e, como tal, decidem sobre a vida de milhões de pessoas, o que é, repito, assustador.

As declarações, pelo menos algumas delas, são de tal ordem que me fazem pensar estarem (esses dirigentes políticos) a entrar numa situação de «delírio» mental, a roçar o quadro de uma doença do foro psiquiátrico.

E quando eu esperava que tudo melhorasse, em termos dessas declarações, ainda piorou mais pela boca do Sr Presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Sr Jean-Claude Juncker (ver revista Sábado) que afirmou, entre outras coisas, que «os Ingleses podiam ser impedidos de sobrevoar o espaço aéreo europeu» e que «os seus aviões não vão poder aterrar na UE» após a saída da Inglaterra da U.E.

Já dizia Platão que:

— «O castigo dos bons, que não fazem política, é serem governados pelos maus.»

Ou seja, o castigo daqueles que Não Votam, ou que não intervêm civicamente na Política, porque acham a política «uma maçada» ou porque não pactuam com este regime, é serem Governados por quem NÃO QUEREM.

Posto isto, para que os Meus Amigos e Leitores fiquem a par da REALIDADE, reproduzo um excerto de um trabalho que produzi logo a seguir ao resultado do Referendo de 2016:

«Na verdade, e como já o escrevi noutra ocasião, antes de se saber o resultado do referendo que conduziu ao Brexit, o Reino Unido é demasiado importante para poder ser descartado pelo resto da Europa, e é demasiado poderoso para que esta se tente ‘vingar’ da sua atitude.»

fim de citação do meu artigo

E as razões que então apontei, e que se mantêm verdadeiras, são as seguintes, e permitam-me que me cite novamente:

«
1. – O Reino Unido continuará a ser um actor fundamental da economia mundial;

2. – Continuará a ser o líder da Commonwealth;

3. – Continuará a ser a maior potência militar da Europa Ocidental;

4. – Continuará a ser o principal aliado dos Estados Unidos, no Atlântico Norte;

5. – Londres, a «City», continuará a ser uma das maiores praças financeiras do Mundo;

6. – A Libra sofrerá uma desvalorização temporária, (o que aconteceu) o que contribuirá para uma maior competitividade da indústria britânica no mercado mundial e para ganhos adicionais, embora temporários;

7. – Politicamente o Reino Unido sofrerá no curto prazo, alguma hostilidade dos principais países, (Alemanha e França) da União, (o que está a acontecer) mas no médio e longo prazo tudo voltará à normalidade;

8. – Também no curto prazo o Reino Unido poderá conhecer um abrandamento do investimento, dada essa animosidade e pouca racionalidade. Esta prevalecerá no médio e longo prazo;

9. – Neste ponto, e ao contrário do que eu então previa, tal não se verificou. Antes pelo contrário o investimento tende a aumentar.

10. – O Reino Unido continuará a ser uma das potências do armamento nuclear do mundo;

11. – Continuará a ser um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, com direito a veto;

12. – Em termos geopolíticos não perderá a sua vital importância;

13. – Em termos da economia é demasiado importante para, muitos Estados e milhões de empresas, ser posta de lado;

14. – E finalmente o seu mercado interno é demasiado grande para ser ignorado, quer pelas empresas europeias, quer pelas instituições.

Estas são as realidades com que é preciso contar e será bom para Portugal que os seus Governos, sejam eles de que Partido sejam, as tomem na devida atenção.»

(fim de citação dos meus artigos).

Em recentes declarações ao ‘Telegraph’, Mark Boleat, uma figura sénior da City londrina, (centro financeiro) afirmou que «Londres continuará a ser o Centro Financeiro mais importante, a nível mundial, apesar do Brexit e do nervosismo inicial que o resultado do referendo de 2016 provocou

Igualmente Matt Brittin, o Presidente europeu do grupo Google, veio reafirmar que «a empresa continuará a investir na Grã-Bretanha dada a dimensão do seu mercado interno

E muitas mais notícias têm confirmado este quadro, como é o facto de o comércio inglês ter registado recordes de vendas, no final do ano passado, quer ainda com o facto de a «Bolsa de Londres registar recordes absolutos, na valorização dos seus índices.»

Para finalizar, recordo aos mais distraídos, que o Reino Unido contribuía, e vai deixar de o fazer, com mais de 800 milhões de Libras (quase 1 bilião de euros) para o Orçamento Comunitário, isto anualmente.

Será o Reino Unido quem mais perderá, se Não Houver Acordo razoável para ambas as partes?

Não creio!

Para finalizar, permitam-me uma pequena Especulação:

a) – SE ... o Reino Unido reentrar na EFTA (de que foi fundador), onde ainda estão a Noruega (fundador), a Islândia, o Liechtenstein e a Suíça (fundador);

b) – TENDO a EFTA acordos preferenciais de comércio com a U.E.;

c) – NÃO havendo nessa organização nenhuma transferência de Soberania para nenhum órgão central dessa organização, (de que Portugal, a Suécia, Dinamarca e Áustria foram também Membros Fundadores);

d) – Qual das duas organizações ganhará, ou reganhará, mais países MEMBROS?

E, neste caso, o que deverá Portugal fazer?

Desculpem a minha «especulação» e mesmo provocação, mas é, quanto a mim, um quadro não descartável, sobre o qual se deve pensar.

Dito isto, creio bem que o maior perdedor do BREXIT será a U.E. e por isso alguns dirigentes políticos andam de «cabeça perdida».





quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Há 50 anos, tanques soviéticos esmagavam Praga. Mas a cobra marxista quer voltar hoje ao Brasil!.


1968: manifestantes enfrentam tanques soviéticos em Praga.

Luis Dufaur, IPCO, 24 de Agosto de 2018

Há 50 anos, na noite de 20 para 21 de Agosto de 1968, a capital da Checoslováquia acordou com um estrépito inusual até para aqueles agitados dias.

O sinistro barulho era produzido por 2 300 tanques de 29 divisões blindadas do Exército Vermelho que violaram a fronteira oriental do país.

Na invasão denominada «Operação Danúbio» participavam outras unidades da aliança militar comunista Pacto de Varsóvia, hoje substituída sorrateiramente por novos pactos concebidos por Vladimir Putin.

Soldados poloneses, húngaros, búlgaros e alemães do Leste totalizavam 200 mil combatentes instruídos para esmagar mais uma revolta popular na Europa Oriental socialista ocupada pela URSS, segundo longa reportagem do «Clarim».

Doze anos antes, um heróico levantamento anticomunista e patriótico na Hungria fora afogado em sangue e fogo. Mas a revolta de checos e eslovacos foi diferente.

As manifestações estudantis, sabotagens e greves começaram meses antes deixando o balanço final de mais de uma centena de mortos e de 300 mil exiliados imediatos.

A chamada «Primavera de Praga» ecoava o Maio de 68 francês e as revoltas pacifistas nos EUA enquanto o exército americano passava apertado pela enlouquecida ofensiva da guerrilha comunista dos vietcongues.

https://www.youtube.com/watch?v=qKYno3hfFUs

Repressão soviética da «Primavera de Praga», 1968

A nível popular, a revolta de Praga foi a sublevação de um povo que se queria libertar do opressor marxista.

Mas, o nobre povo era guiado por líderes suspeitos. Cultivavam a semente de uma planta peçonhenta: a de um comunismo «autogestionário», verdadeira meta da utopia marxista até então nunca concretizada.

Essa meta acabou inscrita na Constituição da URSS de 1977 e foi apresentada ao mundo décadas depois como fruto sedutor da perestroika de Mikhail Gorbachev.

‘’Lê-se no preâmbulo da Constituição russa de 1977 que

«o objectivo supremo do Estado soviético é edificar a sociedade comunista sem classes, na qual se desenvolverá a autogestão social comunista»

(Constitución — Ley Fundamental — de Ia Unión de Repúblicas Socialistas Soviéticas, de 7 de Outubro de 1977, Editorial Progresso, Moscou, 1980, p. 5).

Quando o líder supremo russo anunciou o fim da URSS em 26.12.1989, pensava na extinção do Mamute escleroso das «Repúblicas Socialistas» e na implantação do «comunismo novo» que no Ocidente havia sido anunciado pelo presidente socialista francês François Mitterrand.

A manobra autogestionária não deu certo nem na Rússia nem na República Checa, como tampouco na França, na Polónia e onde tentou implantar-se.

Mas na Checoslováquia, a utopia fervia em círculos intelectuais. Desde 1953, Antonin Novotny, «laranja» do comunismo soviético, tiranizava o país. Os soviéticos fizeram dele o fiel ditador, o presidente do Estado desde 1957.

Novotny acabou abandonando o poder em inícios de 68. Alexander Dubcek assumiu a secretaria-geral do Partido Comunista e o seu nome ficou associado à insurreição.A «Primavera de Praga» propôs pela enésima vez a enganação de um «socialismo de rosto humano».

A «Primavera de Praga» propôs pela enésima vez a enganação de um «socialismo de rosto humano».

Essa falácia voltaria a ser repetida na América Latina, e no Brasil. Notadamente no Chile com o presidente comunista Salvador Allende derrubado por golpe popular-militar em 1973.

No Brasil foi o cerne do «Lula paz e amor»: um socialismo «cristão» no gosto da CNBB que não começou fuzilando burgueses como a Rússia de Lenine.

Milhares de pessoas saíram às ruas contra a invasão soviética
Mas que acabaria a jogar o Brasil na violência, o caos e a miséria anárquica da Venezuela de Maduro, onde Chávez tentou estabelecer as bases do «socialismo autogestionário».

Na Rússia, a mentira do «socialismo com rosto humano», autogestionário e profundamente igualitário foi a grande cartada de Mikhail Gorbachev.

A fórmula gorbacheviana recolheu as propostas dos ideólogos checos do comunismo novo: «terceira via», reformas económicas pelo igualitarismo total nas fábricas, liberdade religiosa para a Igreja Nova que tinha surgido do Concílio Vaticano II, fim da censura à imprensa que no Ocidente se tinha voltado para a esquerda, entre outras coisas.

No interior do PC checo e, principalmente do PC russo, essas reformas não foram vistas com bons olhos.

Os ortodoxos «leninistas» percebiam que o povo simples não entendia nada dessas construções ideológicas. Simplesmente queria livrar-se do comunismo como um cachorro chacoalha a água do banho.

Se para essa libertação era necessária uma fase obscura dita «autogestionária», o povo a suportaria e no fim acabaria por jogar-la fora com o sabão do banho.

Ajuda a compreender o caso aquilo que se deu na Polónia. O badalado sindicato Solidariedade liderado por Lech Walesa mobilizou as massas contra a ditadura comunista prometendo a «autogestão». Moscovo deixava-o jogar até ao ponto de Walesa se beneficiar sem represálias das bênçãos públicas do Vaticano.

O sindicato Solidariedade liderou a derrocada do comunismo soviético que oprimia a Polónia. Lech Walesa ficou presidente e tentou o seu projecto «autogestionário», ou «comunismo de rosto humano».

O povo polonês acabou dando-lhe um pontapé e hoje Walesa e os seus sonhadores estão a chorar as mágoas amparados pelas esquerdas ocidentais. A Polónia é católica e quer os princípios cristãos tradicionais da religião, da família e da propriedade.

Tanques soviéticos esmagam «Primavera de Praga»
Em 68, os intelectuais da «Primavera de Praga» redigiram o manifesto «Duas Mil Palavras» (Dva Tisíce Slov), questionando o rol hegemónico do Partido Comunista, exigindo a reabilitação dos prisioneiros políticos, pedindo uma TV aberta e liberal para fazer a sua revolução da imoralidade como hoje fazem as TVs como a Globo no Brasil.

Mas os leninistas do Kremlin comandados por Breznev foram perspicazes: isso daria num «acto contra-revolucionário». E ordenaram a invasão sangrenta.

Dubcek foi obrigado a trabalhar como jardineiro. O atleta campeão Emil Zatopek ficou gari (varredor de ruas). Cineastas e escritores do novo comunismo foram melhor tratados e deixados partir para o exílio.

O banho de sangue de Budapeste sinceramente anticomunista e patriótico de 1956, não se repetiu bem no movimento popular checoslovaco de 1968.

Mas a «Primavera de Praga» levantou uma bandeira entre os súbditos obedientes de Moscou.

Muitos intelectuais e simpatizantes comunistas afastaram-se das mofadas fórmulas filosóficas de Karl Marx e dos facinorosos conselhos tácticos de Vladimir Lénin.

Os maiores Partidos Comunistas do Ocidente, notadamente os mais poderosos de Franca e da Itália, anunciaram novas vias, como o «eurocomunismo».

Só a Cuba de Castro – a «ilha do diálogo» segundo o Papa Francisco – se manteve fiel ao crime de Estado, cópia da URSS.

Nada sobrou do «novo comunismo autogestionário» da «Primavera de Praga»? Na vida dos partidos e dos movimentos temporais parece que algo ficou, mas mirrado e sem força de projecção para o futuro.

Gorbachev não conseguiu o que queria. O seu sucessor Yeltsin governou num período anódino «aquecendo a poltrona» para aquele que viria: Vladimir Putin. Este voltou-se para o modelo de José Stalin, seu modelo e ídolo.

Fazenda Buriti invadida e incendiada por índios teleguiados
pela nova missiologia de luta de classes, em Sidrolândia, MS
Os tanques enferrujaram, a rebeldia neo-marxista morreu. Hoje os jovens checos procuram valores conservadores.

Mas a utopia não morreu, ficou acalentada em clubes filosóficos, sacristias, bispados e panelas teológicas. Hoje hoje renasce até em documentos pontifícios como a encíclica do Papa Francisco «Laudato Si».

Sim, renasce. E mais radical do que nunca. E é devorado por um frenesi de igualitarismo para além do sonhado por Marx.

A dita utopia seria melhor interpretada na fórmula máxima da «autogestão»: a vida pansíquica da tribo na mata alimentada por meio de cultos xamânicos de forças escuras que emanariam das profundezas da terra. Chame-se de Gaia, de Pachamama ou ainda de outra forma.

O que os ideólogos europeus da «autogestão» não se atreveram a dizer, está a começar a ser debatido publicamente em função do próximo Sínodo da Igreja Pan-amazónica convocado pelo Papa Francisco. Cfr.: O materialismo da Igreja ecológica amazónica deixa Kal Marx atrás.





sexta-feira, 20 de julho de 2018

Rio quer dar-nos um banho de ética mas sem molhar os pés



Martim Silva, Expresso, 16 de Julho de 2018

confusão entre política e negócios é dos fenómenos mais nefastos para a coisa pública.

Quando se lançou na corrida à liderança do PSD, Rui Rio disse ao que vinha: «A política precisa de um banho de ética».

Tirando um possível lado mais populista da tirada, ninguém pode estar verdadeiramente contra isso. Mas, lição número 1 do tal banho, é que convém praticar o que se prega. E a ida recente de Rio à Guiné-Bissau levanta questões legítimas, não respondidas. Bem sei que muito se escreveu sobre a ida do líder do PSD a Angola. Mas embora a Guiné seja política e economicamente menos relevante, foi em Bissau e não em Luanda que Rio deu um passo em falso.

Por partes. No seu primeiro 10 de Junho como presidente do PSD, Rui Rio foi à Guiné Bissau em visita oficial. Compreensível e natural. Decidiu levar consigo uma pequena comitiva oficial, composta pelo seu braço-direito no partido, Maló de Abreu, e pela assessora de imprensa, Florbela Guedes.


Mas da comitiva faziam também parte três empresários amigos de Rio, que aproveitaram a viagem para tratar de negócios pessoais. Ou melhor, que foram na viagem para tratar de negócios pessoais.

De acordo com os relatos da visita, noticiados pelo Expresso no sábado, a confusão de papéis foi evidente. Os três empresários foram com o presidente do partido à homenagem aos soldados mortos na guerra colonial, participaram numa deslocação a um orfanato e a um hospital. E ainda estiveram com Rio em recepções na Embaixada de Portugal e numa sessão do AICEP.

A própria notícia do Expresso mostra a confusão que reina na sede do PSD e na cabeça de quem o lidera. O partido nega os convites aos empresários para estes fazerem parte da comitiva, mas os próprios confirmaram em «on» que foi a convite do PSD que se juntaram a Rio. Não é difícil saber em quem acreditar.

Convém que quem quer dar um banho de ética aos políticos
não seja o primeiro a precisar de passar pelo chuveiro   

A presença de empresários em comitivas oficiais não é nova nem é surpreendente. Mas cada coisa no seu lugar. Uma coisa é o primeiro-ministro, ou o ministro da Economia, ir ao estrangeiro e levar uma comitiva empresarial. Cuja lista é previamente conhecida e divulgada.

Neste caso, a política também são os negócios.

Outra coisa, bem diferente, é um líder do partido ir de visita a um país com os quais Portugal tem ligações históricas e decidir levar um conjunto de empresários amigos, e seus apoiantes (pelo menos num caso até financiador da campanha) debaixo do braço.

Não é preciso tomar um banho gigante de ética para perceber que quem o faz arrisca-se a ficar captivo de interesses particulares.

Imagine o leitor se fosse Passos a fazer o mesmo. O que não se diria ou escrevia.

Muitos têm criticado a estratégia de Rio em matérias como os acordos com o Governo em matéria de descentralização e de fundos europeus. Ou sobre a posição face ao Orçamento do Estado. Mas para se avaliar verdadeiramente quem é este homem que quer suceder a Costa na liderança do país talvez a viagem à Guiné seja tão ou mais importante.

É que convém que quem quer dar um banho de ética aos políticos não seja o primeiro a precisar de passar pelo chuveiro.





quinta-feira, 26 de abril de 2018

O idiota do Vítor Gonçalves da RTP a entrevistar dois agentes da 5.ª coluna soviética...



No seu programa da RTP3 «Grande Entrevista», o idiota do jornalista Vítor Gonçalves entrevistou hoje, 25 de Abril, dois membros da 5.ª coluna soviética a actuar em Portugal, no PCP, a Conceição Matos e o Domingos Abrantes, este conhecido capanga de Cunhal.

A entrevista consistiu praticamente na descrição pelos entrevistados das torturas que a PIDE aplicava sobre os comunistas presos para obter denúncias de outros comunistas da rede soviética. Os entrevistados lá iam acrescentando um ponto como quem conta um conto. Como seria de esperar.

Bichas infindáveis por um naco de pão. A nomenklatura abastecia-se livremente.
Eis a abundância para o povo no paraíso do Abrantes & Cunhal.

Conforme à sua incapacidade mental, o Vítor Gonçalves acrescentava comentários e perguntas idiotas, como costuma fazer em qualquer matéria que aborde no programa. Aqui, ao idiota nunca ocorreu fazer aos entrevistados quatro perguntas fundamentais na circunstância.

PRIMEIRA PERGUNTA QUE SE IMPUNHA: vocês não tinham consciência de que a vossa luta clandestina no PCP era parte da grande estratégia soviética para dominar o mundo, e, no concreto, Portugal, e para tomar conta de Angola, Moçambique e tudo quanto pudesse vir à rede?

SEGUNDA PERGUNTA QUE SE IMPUNHA: vocês não tinham consciência de que a sociedade soviética era de miséria, o que já se sabia e ficou claramente à vista com a implosão do comunismo no Leste europeu, e que, portanto, a vossa luta e sacrifícios, à partida, seriam vãos?

TERCEIRA PERGUNTA QUE SE IMPUNHA: vocês não tinham consciência de que as torturas infligidas pela PIDE aos membros da 5.ª coluna soviética eram carícias se comparadas com as torturas infligidas pelo KGB a inocentes e de que as prisões políticas portuguesas eram hotéis de 5 estrelas se comparadas com o gulag?

QUARTA PERGUNTA QUE SE IMPUNHA: vocês não tinham consciência de que era de toda esta barbárie que Salazar, com a PIDE, defendia Portugal, o Ocidente e a própria África?

Vítor Gonçalves, não tens consciência de que o Estado português te defendia a ti?

Vítor Gonçalves ignorante e idiota, não tens consciência de que defendia os teus pais e os teus avós?

Vítor Gonçalves ignorante e idiota, não tens consciência de que talvez nem existisses se o comunismo tivesse chegado a Portugal durante a Guerra Civil de Espanha?

Vítor Gonçalves, vai aprender história!

Vítor Gonçalves, vai aprender geopolítica da Guerra Fria!

Vítor Gonçalves, vai aprender jornalismo sério!

Vítor Gonçalves, vai-te catar!
O holocausto dos camponeses ucranianos em 1932-1933.
Humanismo à Abrantes & Cunhal.
Os ucranianos a quem foram roubados os alimentos
e as sementes pelos «amigos do povo» Abrantes & Cunhal.
Eis como no paraíso de Abrantes & Cunhal eram tratados
os inocentes que não eram comunistas.
Abrantes & Cunhal teriam muito por onde passear a ver milhões de vítimas do comunismo.






sexta-feira, 6 de abril de 2018

A desgraça e a vergonha imoral das «Salas de Chuto»!


João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador 31/03/18

«Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem».
Jesus Cristo (Lucas, 23:34)

Foi anunciado esta semana – a Semana Santa – (curiosa coincidência), que o malfadado executivo da Câmara de Lisboa, vai inaugurar «Salas de Chuto assistido», onde os pobres de espírito herdeiros de um «roussionismo» serôdio possam, higienicamente, darem-se às suas práticas nojentas e suicidárias.[1]

Recuso-me a colaborar e a ficar calado, com mais esta decisão subversiva, negregada e criminosa para a sociedade onde me insiro.

Mais uma, das muitas postas em prática por uma cáfila de «engenheiros sociais», que se entretêm, faz décadas, a desmontar os valores ancestrais em que a vida em sociedade e o progresso social sempre se apoiaram.

O que tem tido especial incidência nos países e povos de matriz cristã.

Tudo isto está profundamente errado.

Mas agora e à cabeça, criou-se uma situação de contradição insanável, que passo a descrever.

A diarreia legislativa, maioritariamente fraca de qualidade, que os governos e parlamentos portugueses derramam há décadas, sobre os anestesiados e baralhados contribuintes, aprovaram uma lei que continua a criminalizar o tráfico de drogas (enfim, de um modo brando), ao mesmo tempo que despenalizaram o consumidor, o qual só passará a ser considerado traficante se for encontrado com uma determinada quantidade do produto tóxico, tido como superior ao necessário para a sua dose diária, ou seja, passível de ser vendido.

Ora sendo o tráfico um crime como é que se pode abastecer os viciados, os quais, lembramos, podem consumir à vontade sem receio de serem punidos?

Lei perversa pois obriga o consumidor a cometer um crime que é o de ir comprar a droga…

Ou será isto apenas, como parece, apenas um passo intermédio para a legalização do tráfico, ou seja para a droga ser vendida sem rebuços, na «drogaria» da esquina, como quase já acontece com a «canábis», com o disfarce da utilização medicinal?

Outra contradição insanável é ver como, de há anos a esta parte, forças políticas, jornalistas e comentadores (e notem a quase unanimidade do que vem a público e do que é calado), passaram a desancar nos fumadores e nos que bebem álcool (porque não nos viciados no jogo?), com uma sanha nunca vista, e se mostram tão benevolentes para com a cáfila de drogados que por aí abunda, a ponto de se ter acabado com a censura social associada a tão degradante espectáculo?

E porque é que não há regras estritas para impedir que drogados possam ter acesso a um conjunto de profissões e funções, pois representam um perigo público no seu exercício?

Com a agravante de toda a gente saber que as consequências do vício da droga ser muito mais grave e prejudicial do que o consumo do tabaco e do álcool!

Vivemos pois, uma enorme mentira misturada com ilusionismo social, cujo cúmulo é a existência de tráfico de droga dentro dos estabelecimentos prisionais!

Aos «bem pensantes» ficam ainda com pele de galinha quando se invectivam estes desgraçados (alguns dos quais bem postos na vida), com adjectivos que lhes assentam bem.

Preferem dizer que são doentes e precisam ser tratados…

Concedo que sejam doentes, mas por serem tarados, não por serem drogados. Pois que se há-de dizer de pessoas que induziram ou infligiram doenças neles próprios, ao caírem no logro do vício e da dependência?

Tudo isto numa sociedade que coloca a «Liberdade individual» em tão altos píncaros. Ora um viciado deixa de ser uma pessoa livre…

Não foram eles que se desrespeitaram a si próprios e atraíram o opróbrio sobre si mesmos?

Ora todo este estado de coisas tem tido a nefasta conivência de muitos políticos (alguns deles antigos experimentadores ou viciados), por acção ou –omissão; das televisões e de Hollywood – onde deve existir a maior concentração de viciados do mundo inteiro, por metro quadrado – por exporem às escâncaras as misérias humanas; ensinarem a fazer; ignorarem a pedagogia e não terem uma palavra de condenação.

As famílias estão meio destruídas (e «pour cause») e a escola virou uma desordem institucional, só para ficarmos por aqui.

Neste âmbito como noutros, a tão badalada Declaração Universal dos Direitos do Homem é vã e de nada vale (é até contraproducente) sem a Carta dos Deveres dos mesmos…[2]


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O que se passa, nomeadamente com esta estúpida decisão é ainda um péssimo exemplo social, já que configura a vitória do vício perante a virtude; o pactuar com práticas erradas e nefastas; a emissão de sinais errados para os cidadãos, nomeadamente os jovens; a aceitação de que o crime e o erro compensam; o incentivo a práticas ilegais; a desresponsabilização militante; a conformação com a desmoralização, etc..

Um etc. longo e penoso. Mas parece que se perdeu a vergonha na cara!

Veja-se o ponto onde chegámos: as excursões de finalistas dos liceus na época pascal (coincide novamente com a Páscoa…), passaram a ser paradas e revistadas pelas Forças de Segurança, que procuram droga, objectos contundentes e artefactos pirotécnicos (e seguramente não se eximem a recomendar anticontraceptivos…), e os hotéis começaram a não os aceitar, pois as férias transformaram-se em orgias onde vale tudo, face á libertinagem e desregramento em que se passou a viver! É que o que recebem não dá para cobrir os danos nas instalações…

Já não bastava assistirmos à pouca vergonha das claques dos grandes clubes de futebol «marcharem» para os estádios escoltados por esquadrões de polícias armados até aos dentes!

E eu como cidadão tenho que me sujeitar a aturar e a pagar tudo isto?

Sim, porque «tudo isto» e agora voltamos às Salas de Chuto (que nome escabroso), é pago pelo justo contribuinte, não pelo pecador o que, já agora, configura uma injustiça.

Ou não será assim?

Há muito que a podridão convive connosco e nós deixamos. Há décadas que na baixa de Lisboa e Porto, há mais vendedores de droga do que carteiristas, os quais não têm qualquer pejo em oferecer o produto ao passante. Agora a prática recrudesceu com o aumento do turismo, o qual também já está a passar os limites do bom senso.

Onde andará a polícia? Presume-se que a tentar multiplicar o número de associações e sindicatos, para poderem reivindicar e usufruir dos respectivos direitos…

Mas porque não farão tal (o que a própria lei incentiva) se, quando pretendem actuar vêm a sua acção, o mais das vezes, solapada por políticos, «observatórios», associações para a defesa de tudo e mais alguma coisa e, até, de Procuradores e Magistrados?

Que mau aspecto de país em que Portugal se transformou!

E sabendo-se os negócios ilícitos que o tráfico de droga alimenta; a desgraça e o sofrimento que leva às famílias; o incentivo ao roubo e à agressão que o consumo potencia – para já não falar na degradação humana que acarreta – como se pode admitir que os poderes públicos fechem os olhos perante todo este cenário infernal e não combatam com todas as suas forças, todas as situações e aqueles que nelas estão envolvidos?

E como entender que a maioria da população e das instituições nacionais, empresas, etc., sejam tão tolerantes a este descalabro que nos devia levar a pintar a cara de preto?

Já não há pachorra para o maldito do política e socialmente tido como correcto e para as ideias degeneradas de adiantados mentais armados em «práfrentex», que se gostam de assumir como esquerdalhos, mas que apenas são poias em formas poliédricas de caca!

Só há uma maneira de combater o tráfico, é à moda de Singapura. Para grandes males, grandes remédios.

E quanto aos consumidores o que é necessário fazer é substituir as Salas de Chuto (que nome escabroso) – não por clinicas de desintoxicação a preços caros (o que configura mais um negócio…) – por «colónias de férias assistidas», onde os «utentes» fossem perdendo o vício paulatinamente «assistidos»: acampavam em tendas; tinham alvorada pelas 06:00 horas e ida para a caminha às 22:00 horas; faziam desporto obrigatório; tratavam dos animais e das plantas com que se alimentariam; cuidavam das latrinas e tomavam duche diário frio.

Quando saíssem teriam de prestar trabalho cívico (duro) durante um ano (ou mais tendo em vista o tempo de recuperação) e assinavam um documento com aviso sério quanto a futura pena por reincidência.

E iam para o Céu, pois o Senhor lhes perdoaria.

O Mal tem de ser chamado de Mal, e o Bem de Bem! Eis tudo.

Calculo que em dois anos o problema estaria resolvido e até o nosso querido e bem comportado Secretário-Geral da ONU acharia uma iniciativa «interessante» para a paz no planeta e nosso não menos querido PR ficaria satisfeito só de pensar na quantidade de «selfies» que poderia tirar com cada um dos recuperados.

Quem quer apostar?


[1] «Roussionismo», neologismo, derivado de Jean Jacques Rousseau.

[2] Que não existe…