terça-feira, 28 de junho de 2016


Os 47 juízes de Estrasburgo

por unanimidade:


«Não existe casamento gay»


Los 47 jueces, de los 47 países del Consejo de Europa, que integran el pleno del Tribunal de Estrasburgo, el tribunal de derechos humanos más importante del mundo ha dictado una sentencia sorprendente el pasado jueves 09 de junio.

Por unanimidad, todos los 47 jueces, han aprobado la sentencia que establece que no existe el derecho al matrimonio homosexual.

Sustentan su decisión en el artículo No. 12 del Convenio Europeo de Derechos Humanos. Dicho artículo equivale a los artículos de los tratados sobre derechos humanos firmados por México: No. 17 del Pacto de San José y al No. 23 del Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos.

Ahí se establece que «…el hombre y la mujer tienen derecho a casarse y a fundar una familia…».

Si los legisladores hubiera querido decir que el matrimonio es también para hombres gays o mujeres lesbianas habría escrito: las personas tienen derecho a casarse y a fundar una familia.

Pero no es así. Específicamente quisieron preservar la institución natural del matrimonio.

También han dicho que el Convenio Europeo de Derechos Humanos consagra «el concepto tradicional del matrimonio, a saber, la unión de un hombre y de una mujer» y que no impone a los gobiernos la «obligación de abrir el matrimonio a las personas de mismo sexo».

En cuanto al principio de no discriminación, el Tribunal de Estrasburgo también afirma que no hay tal discriminación y dice que «…los Estados son libres de reservar el matrimonio únicamente a parejas heterosexuales…»

La opinión unánime de 47 jueces de 47 diferentes países del Consejo de Europa dejan claro que hay un grave error por parte del Presidente Enrique Peña Nieto y de la Suprema Corte de Justicia de la Nación (SCJN), en su interpretación de lo que es el matrimonio y en el significado de lo que es discriminar.

Con su interpretación, el Presidente y la SCJN violentan la realidad y corrompen el lenguaje.








Conferência comemorativa


Olivença e o Tratado de Viena de 1815


Convite

A direcção do Grupo dos Amigos de Olivença tem a honra de o convidar a estar presente na Conferência Comemorativa Tratado de Viena de 1815, que organizará no próximo dia 5 de JULHO pelas 17h30 no auditório do novo edifício da Assembleia da República.

O evento assinalará os 200 anos do Tratado de Viena e contará com as intervenções da senhora professora Ana Leal de Faria e do senhor professor Braga da Cruz. Simultaneamente estará visitável uma exposição documental e bibliográfica com a mesma temática.

A direcção do Grupo dos Amigos de Olivença solicita-lhe o privilégio de nos conceder a sua presença, agradecendo antecipadamente confirmação até às 18h00 do próximo dia 3 de Julho.


A direcção do Grupo dos Amigos de Olivença

Grupo dos Amigos de Olivença
Rua Portas de S. Antão, 58 (Casa do Alentejo)
1150-268 LISBOA

Tlm. 914 172 525

www.olivenca.org – olivenca@olivenca.org







É estranho, não é?...







quarta-feira, 15 de junho de 2016


Uma senhora de esquerda


Alberto Gonçalves, Diário de Notícias, 6 de Junho de 2016

Graças a uma entrevista na Visão, conheci a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão. Que ser humano encantador! Ela é frontal. Ela é fã de Bruce Springsteen. Ela é do Sporting. Ela é de esquerda. Ela é «mesmo lisboeta». Ela é «superavessa» (sic) a maquilhagem. Ela foi aluna (e colaboradora) de Marcelo, que lhe deu um 18. Ela tem Mandela, Soares e Salgueiro Maia como «referências políticas». Ela não tem medo. Ela tem duas filhas. Ela sonha com «igualdade e democratização» no ensino. Ela lembrou-se de acabar com os «contratos de associação» com os colégios privados. Ela mantém as filhas inscritas num colégio privado. Ela viu a aparente contradição apontada nas redes sociais. Ela explica: «As minhas filhas fizeram o jardim-de-infância e a primária numa escola pública. E agora estão na Escola Alemã. (...) tem a ver com a opção por um currículo internacional. Para mim era importante que elas tivessem uma educação com duas línguas que funcionem quase como maternas, digamos assim. Se assim não fosse, andariam obviamente numa escola pública.»

Ficou claríssimo. A dra. Leitão quer providenciar aos rebentos um «currículo internacional», distinção que, no seu entender, o ensino público, «obviamente» fantástico, não assegura. Mas isso é ela, que além de dotada intelectual e financeiramente possui consciência social. Sem dinheiro nem cabeça, a ralé não pode alimentar «opções» assim. Não se espera que, em vez de patrocinar escolas e sindicatos, o Estado patrocine uma educação melhorzinha para a descendência dos simples, a qual deve saber o seu lugar e perceber que daí não sairá. De resto, ao povo basta meia língua e um currículo nacional, ou o nível de instrução suficiente para aplaudir o fervor igualitário e democrático de sua excelência, a senhora secretária de Estado.





domingo, 12 de junho de 2016


Wolfgang Schäuble: o inimigo dos povos


Numa entrevista ao jornal Die Zeit, o arrogante Schäuble dá a sua visão
sobre a Europa do futuro.

Gabriel Robin

Le nom de Wolfgang Schäuble ne dit probablement pas grand-chose au quidam. Pourtant, cet homme, actuel ministre des Finances d’Angela Merkel, est le vrai dirigeant du continent européen. Il s’exprime régulièrement dans les médias, avec un franc-parler typiquement germanique. Impossible d’accuser l’Allemand de s’abriter derrière le jargon techno-administratif propre aux fonctionnaires européens. Wolfgang Schäuble donne bruyamment ses avis sur tous les sujets importants : le Brexit, la Grèce, les « migrants » … Des avis généralement désastreux, contraires aux intérêts des peuples européens, y compris aux intérêts de son peuple.

Dans un entretien donné au journal Die Zeit, l’arrogant Schäuble donne sa vision de l’Europe du futur. Il y déclare notamment, à propos de la crise migratoire qui secoue le continent : «La fermeture des frontières, le repli sur soi, c’est cela qui nous détruira et nous fera dégénérer dans l’inceste.» Ces propos forment une sorte de rhétorique nazie inversée, voulant que l’Allemagne perde son identité ethnoculturelle première en s’abandonnant à un métissage forcé de grande échelle. Wolfgang Schäuble, fondé de pouvoir du grand patronat allemand, tente par tous les moyens de justifier une immigration massive pour laquelle son peuple, et les autres peuples européens, n’ont jamais été invités à s’exprimer.

Il a même rajouté, au nom de son gouvernement : «Pour nous, les musulmans en Allemagne sont un enrichissement de notre ouverture et de notre diversité », louant au passage le rôle des femmes turques dans la vie économique allemande. Précisons que 37,8 % des femmes d’origine turque seraient sans emploi, soit le taux le plus élevé parmi les populations issues de l’immigration en Allemagne.

Dans ce plaidoyer euro-mondialiste, qui ferait croire que le gouvernement allemand planifie le Grand Remplacement de sa population par d’autres populations venues du sud du monde, on ne trouve guère qu’un seul éclair de lucidité dans les déclarations de Wolfgang Schäuble. En effet, le tyran en puissance admet que «l’Afrique sera notre problème» et déclare que, pendant longtemps,«le Moyen-Orient nous a protégés de l’Afrique». C’est exact. La déstabilisation de la Libye, longtemps zone-tampon, par Nicolas Sarkozy et son visiteur du soir, le « philosophe » Bernard-Henri Lévy, a rendu le problème migratoire encore plus complexe qu’il ne l’était jusqu’alors.

Si l’enjeu démographique est le défi du siècle, il ne faudrait néanmoins pas sous-estimer l’autre enjeu posé par la résurgence de l’islam de combat, que Wolfgang Schäuble semble minorer. En témoigne, d’ailleurs, la soumission des autorités allemandes à la Turquie du sultan Erdoğan, qui pratique un ignoble chantage sur l’Europe.

Dans le même ordre d’idées, Wolfgang Schäuble s’est montré menaçant avec le peuple britannique, coupable de vouloir s’émanciper de la tutelle totalitaire de l’Union européenne berlino-bruxelloise. Cet homme est l’ennemi mortel des peuples européens et ne s’en cache pas. Il montre quels sont les deux défis auxquels nous sommes désormais confrontés : refuser la gouvernance extérieure en réaffirmant notre souveraineté nationale, refuser notre effondrement intérieur en luttant contre l’immigration massive qui détruit notre identité. Vive la France historique ! Vive la France libre!






Cristóvão Colon — Conferência em Coimbra







sábado, 11 de junho de 2016


Por acaso, um acaso sem acaso algum


Helena Matos, Observador, 9 de Junho de 2016


Alexandra Leitão, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, declarou que as suas filhas «por acaso não estudam» numa escola pública. Mas qual acaso? Não vejo nisso acaso algum mas sim uma escolha.Alexandra Leitão, a secretária de Estado Adjunta e da Educação foi entrevistada pela Visão. A dado momento da entrevista afirma o jornalista a propósito das filhas de Alexandra Leitão: «Não lhe vou perguntar se elas estudam numa escola pública…»

Há anos que entre nós vigora este paradoxo jornalístico: sendo o jornalista por definição alguém que faz perguntas, em Portugal não se pergunta em que escolas estão inscritos os filhos de quem nos governa, sobretudo se esse alguém defender as causas queridas da comunicação social e disser aquelas coisas redondas sobre as maravilhas da escola pública. Contudo é aí que está o busílis da questão, como bem se percebe pela resposta da senhora secretária de Estado que, perante o interdito do jornalista, avança prontamente: «Mas eu respondo: por acaso não estudam (risos). As minhas filhas fizeram o jardim-de-infância e a primária numa escola pública. E agora estão na Escola Alemã.»

De que rirá a senhora secretária de Estado? Certamente da papalvice do país que não estranha aquele «por acaso». Mas qual acaso? Estarão as filhas da senhora secretária de Estado numa escola que sorteia vagas nos pacotes de cereais? Iam as filhas da senhora secretária de Estado pela Segunda Circular e aquele boneco que está plantado no telhado da Escola Alemã perguntou-lhes «Passaram aqui por acaso? Então saiam na primeira à direita porque ganharam o direito a frequentar esta escola!»Vai desculpar-me a senhora secretária de Estado mas não vejo aqui acaso algum. Vejo sim uma escolha, muito louvável até, de uma das mais reputadas escolas de Portugal. Mas detalhemos então o «acaso» que levou as filhas da senhora secretária de Estado Adjunta e da Educação a uma escola muito diferente daquela que o Ministério de que ela é secretária de Estado promove: «A opção pela Escola Alemã tem a ver com a opção por um currículo internacional. Para mim era importante que elas tivessem uma educação com duas línguas que funcionem quase como maternas, digamos assim. Se assim não fosse, andariam obviamente numa escola pública.»

Francamente, senhora secretária de Estado, há inúmeras escolas neste país em que se falam duas ou mais línguas. Por exemplo, em algumas escolas da Amadora fala-se português e crioulo. Eu percebo que a senhora secretária de Estado prefira o alemão ao crioulo como segunda língua para as suas filhas. Mas isto, sou eu a falar. Eu, cujos filhos frequentaram escolas públicas e privadas nada por acaso mas simplesmente porque em cada momento se procurou escolher o que seria melhor para eles. Por exemplo, se eu escolhesse a Escola Alemã para os meus filhos nunca o faria para que eles dominassem o alemão – a facilidade com que as crianças e os jovens aprendem línguas dispensava-me desse esforço financeiro – mas sim por causa do rigor, dos métodos de trabalho e da disciplina que ali são incutidos. Mas claro isto sou eu de novo a falar e eu como se sabe faço parte daquelas pessoas que acham que todos temos de ter o direito a escolher a escola dos nossos filhos sem termos de inventar moradas para que eles vão para uma boa escola pública ou argumentos politicamente correctos que justifiquem a opção por uma boa escola privada.

Este sistema escolar que a senhora secretária de Estado defende – com os filhos dos outros nas escolas públicas e os nossos numa escola privada por causa de uma circunstância que não suscita polémica como os horários ou a segunda língua – tornou-se em Portugal um mecanismo que não só reproduz como acentua as fragilidades e as vantagens comparativas do meio de origem dos alunos. E foi nesta engrenagem que, qual grão de areia, entraram os contratos de associação.

O que está em causa, o que irrita nos contratos de associação é que milhares de famílias viram naqueles contratos algo em que muitos já desistiram de acreditar na rede pública: a escola enquanto factor de inclusão e ascensão social. Por outras palavras, eles não podem colocar os filhos na Escola Alemã mas também não os querem nas madrassas do senhor Nogueira. Querem apenas, dentro de um reduzido lote de escolas, escolher aquela em que os seus filhos vão fazer a escolaridade obrigatória. Mas o que a senhora secretária de Estado diz é que, além da escolaridade obrigatória, os filhos dos outros, para mais devidamente arrumadinhos socio-geograficamente pelos critérios de matrícula nas escolas públicas (para quando a discussão sobre esses critérios?), têm ainda o dever de frequentar obrigatoriamente as escolas da rede pública. Pois, senhora secretária de Estado, aquelas escolas onde passar de uma má para uma boa é o que de mais difícil existe em Portugal para aquelas famílias que não têm contactos, nem são filhos de alguém…

A defesa da escola pública nos termos em que a secretária de Estado a faz é pura e simplesmente a defesa de uma escola para as élites e outra para os restantes: quem tem dinheiro põe os filhos no privado, no privado sem contratos de associação, aquele em que se paga a mensalidade no fim do mês e ponto final. Como a Escola Alemã. Os outros vão justificar os empregos, a importância, as modas, as verbas e as manias dos donos da 5 de Outubro. Sabe, senhora secretária de Estado, nada é por acaso neste assunto.






Mouraria ou Chinatown?


Maria João Marques, Observador, 8 de Junho de 2016

Já estamos em boa hora de começar a ver uma expropriação de propriedade privada como o último recurso de qualquer problema. E de fazermos t-shirts com o slogan «nem mais um metro quadrado para a CML».

Fernando Medina – presidente da Câmara de Lisboa em punição por todos os pecados da capital – é o político socialista exemplar. «Inimigo dos automobilistas e voraz com os recursos dos lisboetas» seria um bom mote para a sua campanha de 2017.

Fernando Medina – presidente da Câmara de Lisboa em punição por todos os pecados da capital – é o político socialista exemplar. «Inimigo dos automobilistas e voraz com os recursos dos lisboetas» seria um bom mote para a sua campanha de 2017.

Já muita gente escreveu sobre a mesquita que a CML entendeu por bem tomar as dores de construir e a hipocrisia flagrante de pretender defender o Estado laico radical, rasgando contratos de associação livremente estabelecidos pelo Estado para poupar as susceptíveis criancinhas à exposição ao ópio do povo por um lado, e, por outro, correr a substituir-se à comunidade islâmica na construção de uma mesquita. E se calhar atrás da mesquita vem a madrassa e a querida câmara socialista de Lisboa é bem capaz de decidir – para mostrar como somos tolerantes, multiculturais e essas virtudes teologais do credo esquerdista – contribuir financeiramente para a catequese muçulmana dos alunos da mesquita da Mouraria. Depois, claro, de ter protegido as crianças portuguesas – mesmo as das famílias ignaras que até queriam e gostavam – da exposição a essa praga maior da vida portuguesa que é o cristianismo.

Para os argumentos sobre laicidade dirijam-se se faz favor aos textos de João Miguel Tavares e Sebastião Bugalho. Eu gostava de acrescentar outro argumento: o Estado devia (como quase sempre) estar quieto. Ao contrário do que dizem os fãs do projecto – e até João Miguel Tavares – não faz qualquer sentido construir naquela zona uma mesquita. Porque há vários séculos aquela zona era habitada por islâmicos devemos agora lá construir uma mesquita? Porque se abriram lá lojas de proprietários paquistaneses e bangladechianos temos de lhes oferecer um local de culto? E a população chinesa da zona, que é pelo menos tão numerosa e visível? Está já em estudo pelos assessores dilectos de Medina a construção de um templo a Confúcio? Outro a Mêncio? Foi encomendada alguma estátua da bodhisattva Guanyin?

E que dizer da injustiçada população hindu que durante muitos anos habitou e trabalhou naquela mesmíssima zona? Nunca dei por nenhum canto – menos ainda construção de três milhões de euros a expensas do contribuinte da praxe – evocativo de Shiva. Ou – para ser visualmente ainda mais apelativo – um altar a Ganesh, o deus elefante. Mas devo estar a ser injusta: provavelmente foi algum temor de Kali, a destruidora, que impediu os socialistas lisboetas, tão amantes do culto alheio, de assim ignorarem os justos anseios religiosos dos muitos hindus que já passaram pela Rua da Palma.

Por várias razões conheço bem a zona de Lisboa onde se pretende construir a mesquita. Uma delas foi ter morado uns anos um bocado mais para cima na encosta e mais para o lado. Recuperei uma casa por lá quando ainda toda a gente me olhava com ar de «já tomaste os comprimidos?» quando lhes dizia que ia morar para o meio da Lisboa antiga – e, então, muito desmazelada.

Foi uma epopeia. Os vizinhos, uns velhotes reformados e outros possivelmente recebedores do RSI e permanentemente desocupados, tinham como entretenimento diário chamarem a polícia municipal para vasculharem as obras que fazia (isto depois de um tempo longo à espera da aprovação do projecto de arquitetura e das especialidades e da emissão da licença de obras). O gabinete técnico claramente via como missão civilizacional dificultar de formas imaginativas a recuperação de um apartamento. Havia que defender uma zona com população envelhecida e habitações degradadas da intromissão de pessoas de vinte anos que lá queriam residir. Que lata (a minha, obviamente).

Entretanto estes cenários persecutórios já se alteraram. O licenciamento ficou mais fácil – e as loucuras dos arquitectos camarários que pretendiam pôr as pessoas a viverem naqueles prédios como se vivia em 1795, a bem da pureza arquitectónica da zona, foram contidas. Eu, às tantas, mudei-me.

Vieram os paquistaneses e os chineses. Depois vieram os turistas e, também, mais gente nova que, como eu, aprecia casas antigas restauradas e as vistas deslumbrantes de Lisboa. Há mais jardins (aqui aplaude-se a CML) e os prédios têm vindo a ser recuperados – por privados. Os problemas de estacionamento continuam por resolver (assim vão ficar, que a prioridade do PS são ciclovias, que ninguém usa, espalhadas pela cidade) e, sobretudo, os prédios propriedade da CML estão sem obras, velhos, estragados.

Conto isto para mostrar que aquela zona é dinâmica – também graças aos imigrantes que lá se instalaram, que dão colorido, movimento e interesse. A população tem tido alterações nos últimos anos e não cabe à CML cristalizar o bairro com uma mesquita como se os muçulmanos que vivem em Lisboa lá fossem sempre ficar.

E se se fizer mesmo questão de fornecer um local para uma mesquita naquela zona? Há soluções muito melhores e mais baratas: é conceder à comunidade islâmica o uso por n anos de um dos prédios decrépitos da CML na zona. Já estamos em boa hora de começar a ver uma expropriação de propriedade privada como o último recurso de qualquer problema. E de fazermos t-shirts com o slogan «nem mais um metro quadrado para a CML».





domingo, 5 de junho de 2016


Não à islamização de Portugal, e da Europa!




Contra a construção de mais uma mesquita em Lisboa 
Para: Ex. Sr. Presidente da Assembleia da República


Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:

Os cidadãos abaixo assinados vêm por este meio solicitar à Assembleia da República uma recomendação com vista à revogação imediata da decisão da Câmara Municipal de Lisboa de construir uma nova mesquita na referida cidade (zona do Martim Moniz), tendo em conta os seguintes considerandos:

1.º Sendo Portugal constitucionalmente um estado laico, não se afigura legal que estejam envolvidos dinheiros públicos num projecto que prevê a construção de um complexo que integra um templo religioso. No entender dos signatários, tal situação configura um favorecimento do Islamismo (que, como se sabe, nem sequer é a religião da maioria dos portugueses) em relação às outras religiões.

2.º O referido projecto vai colidir com os tipos de construções existentes na zona, contribuindo para a descaracterização da cidade, já muito ferida por erros anteriores.

3.º A construção do dito templo estará manifestamente a contribuir para o alarme social, tendo em conta a situação de expansionismo do extremismo islâmico que se vive no Médio Oriente e Norte de África e que ameaça Portugal, a partir do momento em que se sabe que existem radicais muçulmanos que defendem a integração da Península Ibérica num grande califado islâmico (cf., p. ex., http://observador.pt/2014/08/12/um-califado-seculo-xxi/) e que já está documentada a presença em Lisboa de muçulmanos que apoiam a entidade terrorista que dá pelo nome de Estado Islâmico (cf., p. ex., programa televisivo «Sexta às 9», de 26 de Setembro de 2014, http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=769655&tm=8&layout=122&visual=61).










Congresso do PS








Pedro Barroso confessa

não conseguir ser «gay»

e penitencia-se...


O CERCO 
    Venho aqui pedir desculpa
    de não ser evoluído,
    apesar destas campanhas
    na rádio, na televisão,
    em toda a parte, insistindo
    na urgência do assunto…
    Eu não consigo gostar;
    – não consigo mesmo, pronto.
    Sei que pertence ser gay,
    toda a gente deve ser.
    Mas eu, lamentavelmente
    não sou como toda a gente;
    Como aconteceu... não sei,
    peço desculpa por isso,
    mas confesso: sou… diferente.
    Sei que vos pode ofender
    esta minha enfermidade,
    pois um gajo que assim pensa
    hoje em dia, não tem nexo;
    deveria ser banido,
    expulso da comunidade.
    É uma vergonha indecente
    Gostar de mulher, ter filhos
    Casar, afagar, perder-se
    Com pessoa doutro sexo!
    Uma nojeira repelente;
    Dar-lhe, até, beijos na boca
    em público! E declarar
    Esta sua preferência
    Que eu nem sei classificar!
    Tenho uma vergonha louca
    E desejo penitência
    por tal desconformidade,
    retardamento, machismo,
    doença, fatalidade!
    Já tentei tudo: – inscrevi-me
    em saunas, aulas de dança
    cursos de perfumaria
    origami, greco romana,
    ioga – para ter ousadia
    boxe – p’ra ganhar confiança...
    Mas quando chega o momento
    De optar… sou… decadente,
    Recorrente e insistente.
    Opróbrio raro e demente,
    Ver uma mulher seduz-me,
    Faz-me vibrar, deslumbro.
    Vê-la falar, elegante;
    Vê-la deslizar, sensual
    Como vestal, deslumbrante
    Seu peito assim, saltitante
    Sua graça embriagante
    olho com gosto, caramba,
    lamento ser tão ...normal.
    Mas eu confesso que sinto
    – neste corpo tão cansado
    Que da vida já viu tanto...
    Ainda sinto um desejo
    Que m’ envergonha bastante
    Por ser já tão deslocado
    tão antigo, assim tão fora
    do mais moderno critério.
    Valia mais estar calado
    Mas amigos, já agora
    Assumo completamente:
    – Tenho esse problema sério.
    Nunca integrarei partidos
    Onde não sou desejado.
    No planeta das tais cores
    não tenho dia aprazado,
    nem bandeira, nem veado,
    nem «orgulho» especial!
    Sou mesmo do «outro lado»
    dito «heterossexual»
    e já me chateia um bocado
    Ter que dizer, embaçado,
    que me atrai o feminino
    e sou apenas «normal»!
    – e, portanto, avariado.
    Mas… mesmo assim, – saudosista,
    imensamente atrasado,
    terrivelmente cercado,
    conservador nesse ponto,
    foleiro, desajustado...
    perdoai-me tal pecado
    – Não me sinto ...assim tão mal!